segunda-feira, 17 de maio de 2010

Memento Mori



Da introspecção visceral de angústia mórbida
Faz-se roto o prato do defunto
Do caminhar austero ao latejar da carótida
Da bruma suave ao mundo escuro.

Ao som das trombetas vão-se os vermes
Que aos montes espreitam a carne fria
Da crudelíssima invasão à podre derme
O violar de um ser que já dormia

Na escuridão cansado de viver,
Abraça a morte o amante da vida
Abandona o mundo de eterno querer!

No retumbar escuro decadente de outrora
Do lascivo que dolente jaz em tumba florida,
Trocou a puritana vida, pela ardente morte que o namora.

Por Rhuan E.

Um comentário: