segunda-feira, 3 de maio de 2010

And if the inspiration has gone...

Sem Sentido
É como se define a sensação de vazio, o aperto inescrupuloso que ferrenhamente nos punge,
Nos maltrata, numa dor lascinante, nos fazendo delirar e sonhar com um paraíso místico inexisistente, alguma coisa que não se sabe ao certo e se almeja inexoravelmente: porque não falar sobre PERDA?

Algo me parece fora do lugar sim, é algo extremamente dessasociado ao coração, mas quer saber mesmo? Isso tem muito mais a haver com o coração do que com o cérebro mesmo...
Porque toda vez que perdemos a noção de realidade, fustigados pela dor da perda de alguém tentamos racionalizar os nosso sentimentos?
Tudo bem, que a verbalização propicia o sentimento, mas realmente será que é possível racionalizar o EGO e, ainda que indiretamente, o CORAÇÃO?

Deixe-me contar algo a vocês sobre o amor:
A Perda vai te ensinar mais sobre ele do que a reciprocidade.

Não aceita isso? Tudo bem, eu também não aceitava isso, mas pense comigo:
Se quando você ama e isso é recíproco, você passa a ver o mundo com outros olhos, percebe a beleza que há no cair das folhas, nos pôr-dos-sóis a tanto esquecidos, nas crianças a brincar...
Mas quando a perda vem, você se torna aflito e tudo que o homem aflito faz é tentar entender o motivo de sua aflição para assim, fugir desesperadamente sem nem olhar para trás.
A perda vai te mostrar os verdadeiros lados do amor, tanto o ruim quanto o bom.

O Hino do amor cristão em suma, prega que o amor nunca falha.
Miguel de Cervantes dizia que o amor é ferida que dói e não se sente.
Nelson Rodrigues disse que todo amor é eterno e se não foi eterno, não era amor.

Acho que os homens tem se confundido muito quanto seus sentimentos,
Numa era cada vez mais superficial e impregnada por conceitos supérfluos todos pagam pela insesatez alheia e principalmente pela falta de discernimento, confudem em maior parte, a vontade daquilo que nunca se teve com o amor, que na verdade nem é sentimento e sim atitude.

O amor é deveras tresloucado, DOIDO-DE-PEDRA à ótica humana, mas a realidade mesmo é que quando se diz amar e sofre segue-se as seguintes perguntas:
Vale a pena se machucar, fazendo seu coração sofrer simplesmente porque se acha que ainda ama? E será que ama? Será que só espera, no fundo, no fundo, que não se tenha enganado esse tempo todo?

Uma coisa é amar, outra coisa é sofrer e antes de tudo, que exista amor-próprio.
Sabe como é, quando se falta inspiração eu quero silêncio, é meu amigo, e sozinhos pensamos...
Misantropicamente o amor é bem mais doce.

Por Rham E.

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